Nasci em lar cristão. Aceitei Jesus aos três anos de idade. Cresci em ambiente evangélico, na comunhão dos irmãos, na “presença de Deus”.
Sempre me considerei uma boa crente. Nunca experimentei mundão, nem bebida, drogas, não falo palavrão, nada disso. Sempre fui freqüente nas programações da igreja, escola dominical, cultos. Tenho certo conhecimento das historias bíblicas. Nunca deixei de orar antes de dormir, nem antes de almoçar. Nunca fui de arrumar confusão, nem de dar mau testemunho. Não parece uma boa cristã?! Menina boa, de família evangélica, crente, freqüente na igreja, não bebe, não fuma, não fala palavrão e não arruma picuinha e ainda ora.
É. Deus conhece o que não queremos admitir. Eu me enganava acreditando que fazendo isso era merecedora do céu, quando na verdade sou uma pecadora miserável (como diz o Pastor Cássio), que não vive sem a graça de Deus.
Conheci um menino amigo de Deus. Conversávamos muito e sempre falávamos sobre experiências com Deus. Ele sempre falava de suas experiências com Jesus e eu também falava de experiências, mas não eram minhas. Sempre eram do meu pai, minha mãe ou de qualquer pessoa. Comecei a me sentir vazia. Eu não tinha MINHAS experiências. Eu não desfrutava de intimidade com Deus. Minhas orações já tinham se tornado repetitivas, as pregações já não faziam diferença e não buscava em primeiro lugar o Reino de Deus. O pecado não era motivo de dor. Tinha preguiça de dedicar tempo a Deus.
Nunca esperei ter esse sentimento, mas passei a sentir saudades de Deus. Então, comecei a buscar a Deus. Passei a ansiar pela manifestação da sua presença em minha vida. Queria ter meus olhos, ouvidos e coração atentos. Passei a realmente orar e me tornei amiga de Deus deixando de lado o comodismo, a indiferença.
A vida com Deus é uma maravilha. Sou transformada pelo amor de Deus. Aprendi que Jesus é tudo que tenho e preciso. A vontade de Deus se tornou uma experiência contínua. Hoje eu sirvo a um Deus presente, que fala e não somente ouve.
Por: Kelley Soares

